Contribua para a Preservação das Turfeiras em Campos dos Goytacazes: Doe Agora

O que SÃO TURFEIRAS TROPICAIS

Turfeiras são ecossistemas onde a matéria orgânica acumula-se em camadas devido a condições de alagamento que limitam a decomposição. Essencialmente, são áreas onde a vegetação morta não se decompõe completamente por falta de oxigênio, criando um solo rico em turfa, uma substância esponjosa formada por restos de plantas parcialmente decompostas. Imagine um pântano ou um brejo onde, ao invés de a matéria orgânica se decompor rapidamente, ela se acumula, formando uma camada espessa de turfa ao longo do tempo

CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE TURFEIRAS
A hidrologia é um fator crucial na formação e manutenção das turfeiras, influenciando a vegetação, o conteúdo de nutrientes, o sequestro de carbono e a decomposição (Blodau, 2002; Limpens et al., 2008).
A classificação das turfeiras tropicais pode ser abordada em termos climáticos, onde são identificados tipos como mesic, térmico, hipertérmico, entre outros, dependendo da temperatura média anual do solo.

Mesic: Turfeiras em climas com temperaturas moderadas.
Térmico: Em regiões com temperaturas mais altas.
Hipertérmico: Em áreas extremamente quentes.
Segundo Kurbatov (1968), a formação de turfa é um processo bioquímico que ocorre sob a influência de microrganismos aeróbicos nas camadas superficiais durante períodos de baixa disponibilidade de água. À medida que a turfa se acumula em camadas mais profundas, onde as condições são predominantemente anaeróbicas, ela se preserva, impedindo a decomposição biológica.

Turfa Florestal: Formada em ambientes mais aerados, com decomposição avançada, o que resulta em baixos teores de lignina e carboidratos.
Turfa Pantanosa: Formada em condições anaeróbicas, com altos teores de cutina, lignina e celulose, que permanecem inalterados durante o processo de formação.
Com base nesses fatores, designados aqui como critérios ecológicos, as turfeiras podem ser classificadas como ombrotróficas ou minerotróficas.

Ambientes minerotróficos ou reotróficos (do grego rhéos = fluxo, corrente; trophé = nutrição, alimento): característicos de fens e swamps. Esses ambientes originam turfeiras cuja vegetação está sob influência de águas provenientes dos limites externos da bacia de acumulação e/ou águas subterrâneas.

Ambientes ombrotróficos (do grego ómbros = chuva): característicos de bogs. Nesses ambientes, as turfeiras se formam a partir de vegetação alimentada exclusivamente por águas de precipitação, como chuva ou neve.
É possível também analisar a conectividade hidrológica dentro dessas regiões, considerando as trocas de água, sedimentos e nutrientes entre os diferentes compartimentos da paisagem (Kondolf, 2006).

As turfeiras tropicais, portanto, são ecossistemas complexos e dinâmicos, cuja compreensão e manejo exigem uma abordagem integrada que considere as variações temporais e espaciais desses sistemas (Bracken; Croke, 2007).

Historicamente, acreditava-se que a formação de turfa ocorria apenas em climas frios. Entretanto, pesquisas de Koorders (1895) e Polak (1952) demonstraram a existência de florestas de turfa em regiões tropicais, como Sumatra. A composição das turfeiras tropicais é distinta, com maior quantidade de material lenhoso e necessidade de manejo específico devido à decomposição mais rápida (Maltby & Immirzi, 1993).

O que são Turfeiras

Proteger & Restaurar

Turfeiras são áreas alagadas onde a matéria vegetal se acumula e se decompõe, formando um material rico em carbono. Elas cobrem cerca de 3% da superfície terrestre e armazenam mais de 550 Gton de carbono, sendo um dos principais sumidouros de carbono do planeta.
Mudanças Climáticas

Uma Conexão Vital

Turfeiras armazenam mais carbono do que todas as florestas do mundo. Um metro quadrado de turfeira no norte da Europa armazena cinco vezes mais carbono do que um metro quadrado de floresta amazônica. Restaurar turfeiras é fundamental para combater as mudanças climáticas.
Protegendo as Turfas

A Coletividade

Na região norte do Rio de Janeiro, a extração de argila está degradando turfeiras, que são importantes sumidouros de carbono. A extração diária de 7.000 metros cúbicos de argila está colocando em risco um depósito total estimado de 1.591.460.000 m³ deargila.
30

Anos de
Fundação

60
k

Horas
Trabalhadas

40
k

Turfeiras
em Campos-Rj

3840
k

Ton de Co2
Armazenados

TURFEIRAS TROPICAIS

Ao Redor do Mundo

Parque Estadual do Rio Doce

Ilha do Bananal

Ilha Grande National Park

Declaração de Valores

Missão

Metas

Valores

O projeto localizado em Campos dos Goytacazes tem como compromisso recuperar, pesquisar e preservar turfeiras e zonas úmidas, visando contribuir para a conservação dos ecossistemas e o bem-estar das comunidades locais. Foca-se especialmente em reverter os danos causados pela extração irregular de argila, restaurando as condições naturais das turfeiras.

O projeto realiza estudos abrangentes sobre a biodiversidade local, incluindo pesquisas sobre biofertilizantes e a conservação da madeira por meio de água turfa. Além disso, busca promover a economia circular e gerar renda nas áreas afetadas, enquanto conscientiza a população sobre a importância das turfeiras na manutenção dos recursos hídricos e na mitigação do efeito estufa.

Proteção da Biodiversidade: Turfeiras e zonas úmidas abrigam uma grande variedade de espécies vegetais e animais.

Regulação Climática: As turfeiras armazenam grandes quantidades de carbono, mitigando os efeitos do aquecimento global.

Proteção contra Inundações: Turfeiras e pântanos têm a capacidade de absorver grandes quantidades de água.