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As cheias das bacias hídricas no norte fluminense – À espera de uma renovação para os Guaitacá – Parte I

 

Texto retirado de antigos manuscritos sobre as tribos locais da cidade de Campos dos Goytacazes. No texto a seguir, as tribos discutem as cheias do rio Paraíba do Sul.

Será que setembro trará “nhaman” (água; chuva)? Outubro dançará com honras de alegria quando começar o grande “nhaman garénon daigran” (dilúvio, inundação)? Ainda que demore, certamente novembro não ficará desanimado? Dezembro encherá as suas “nhamen-multy” (tigelas, igaçabas)!
As chuvas começam na primavera. É nesse período que o rio Paraíba do Sul, o Grande “Banani”, agradece pela honra de receber a chuva. Até então, a campina não vertia lágrimas , estava sedenta, quase sem vida. Os lençóis freáticos alimentavam os corpos d’água que ainda restavam. O céu celebrou, saudou a pomposa chegada das nuvens. Como é lindo ver o Grande Banani transbordar e as águas fluírem livremente pela planície! “Ténu a hy” (gratidão) – os corações dos bravos guerreiros enchem-se de gratidão. Todos estão contentes com as chuvas e as cheias do rio Paraíba do Sul, o Grande Banáni, e do rio Ururaí. A Lagoa Grande, “o grande mar de água doce” (MALDONADO; PINTO, 1893) é como uma mãe que alimenta suas lagoas-filhas no seu entorno. Em dezembro, ela diz: “Ténu a hy”, ao Grande Banáni e ao Ururaí por enchê-la novamente.
[Continua]
*nhaman garénon daigran, inundação; dilúvio
https://macotshoteon.blogspot.com/2024/07/nhaman-garenon-daigran.html?m=1
AboutReynaldo R.
Graduado em Sistemas para Internet pela Universidade Cruzeiro do Sul, com ênfase em preservação ambiental. Durante minha formação, desenvolvi uma paixão por encontrar soluções inovadoras para os desafios ambientais que enfrentamos. Atualmente, atuo como desenvolvedor de sensores de baixo custo especializado em medir os níveis de Gases de Efeito Estufa (GEE) tanto no solo quanto na água. Através de uma variedade de cursos, aprimorei meu conhecimento em emissões de gases e desenvolvi uma expertise em utilizar sensores MQ-35, comumente empregados em câmaras de gases móveis. Meu trabalho consiste em obter com precisão em tempo real a quantidade de emissões de GEE, levando em consideração variações de temperatura, umidade e clima. Este trabalho é parte integrante do projeto "Turfeiras Vivas" em Campos dos Goytacazes, que lidero com dedicação. Nosso foco é a conservação e revitalização dos ecossistemas de turfeiras, uma missão que considero essencial para o equilíbrio ambiental.

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