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As Choças Flutuantes dos Goitacás: Engenhosidade e Adaptação ao Ambiente Lacustre

Como os Guaitacá construíam seus  dormitórios lacustres – as “choças”*?

Os indígenas extraíam a taboa das áreas úmidas – brejos e lagoas, depois colocavam para secar debaixo do sol. Fabricavam cordas com a taboa e/ou com as folhas do tucum. Provavelmente usavam as varas de bambus que são flexíveis para fazer uma armação circular em forma de cone ou semiesférica, na qual trançavam-se as palhas da taboa. A base era construída com vigas de madeira flutuantes. Os Guaitacá não dormiam em redes. O assoalho era coberto por folhas, sobre o qual esses indígenas dormiam. Além da maciez, as folhas (Gabriel Soares de Sousa. Tratado descritivo do Brasil em 1587) regulavam a temperatura do assoalho e mantinha o corpo do indígena aquecido durante uma noite fria na planície. A base da choupana era sustentada “por um só esteio” (apud Alberto Ribeiro Lamego [filho]. O Homem e o Brejo. Rio de Janeiro: Serviço Gráfico do IBGE, 1945). Em geral numa área rasa das lagoas. Será que a choupana era coberta pela água na época das cheias das bacias hídricas? Possivelmente não. Uma estaca era fincada no fundo da lagoa de modo que quando o nível da água aumentava, a choupana era erguida junto com água e parecia flutuar, mas presa diretamente na estaca (talvez um pouco inclinada) ou amarrada nela. Provavelmente era uma amarração muito bem feita, de modo que a correnteza das enxurradas ou os fortes ventos não poderiam espalhar as pequenas choças, evitando desfazer a aldeia lacustre.

Simão de Vasconcelos. Vida do P. João d’Almeida, 1658, p.148

Nota 1: As choças ou choupanas feitas pelos Guaitacá eram dormitórios cobertos (ou trançadas) de palha de taboa (Simão de Vasconcelos, 1658). Na língua coroado os domicílios são chamados de “saten metchá“*.

*”saten metchá“, clique no link Língua Indígena Coroado

Nota 2: “Goitacá” [verbete”goitacaz“] é uma corrupção (ou variação) de “Guaitacá” [“guay-atacá“, “o andarilho, o andejo, ou nomada”] (Theodoro Sampaio. O Tupi na Geographia Nacional. Memória Lida No Instituto Histórico E Geographico De S. Paulo. São Paulo: Typ. da Casa Eclectica R. 15 de Novembro, 8. 1901. p.125).

Blog do Tut-xái  (co-autor) ->https://macotshoteon.blogspot.com/2024/07/dormitorio-lacustre-guaitaca.html

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As cheias das bacias hídricas no norte fluminense – À espera de uma renovação para os Guaitacá – Parte I

 

Texto retirado de antigos manuscritos sobre as tribos locais da cidade de Campos dos Goytacazes. No texto a seguir, as tribos discutem as cheias do rio Paraíba do Sul.

Será que setembro trará “nhaman” (água; chuva)? Outubro dançará com honras de alegria quando começar o grande “nhaman garénon daigran” (dilúvio, inundação)? Ainda que demore, certamente novembro não ficará desanimado? Dezembro encherá as suas “nhamen-multy” (tigelas, igaçabas)!
As chuvas começam na primavera. É nesse período que o rio Paraíba do Sul, o Grande “Banani”, agradece pela honra de receber a chuva. Até então, a campina não vertia lágrimas , estava sedenta, quase sem vida. Os lençóis freáticos alimentavam os corpos d’água que ainda restavam. O céu celebrou, saudou a pomposa chegada das nuvens. Como é lindo ver o Grande Banani transbordar e as águas fluírem livremente pela planície! “Ténu a hy” (gratidão) – os corações dos bravos guerreiros enchem-se de gratidão. Todos estão contentes com as chuvas e as cheias do rio Paraíba do Sul, o Grande Banáni, e do rio Ururaí. A Lagoa Grande, “o grande mar de água doce” (MALDONADO; PINTO, 1893) é como uma mãe que alimenta suas lagoas-filhas no seu entorno. Em dezembro, ela diz: “Ténu a hy”, ao Grande Banáni e ao Ururaí por enchê-la novamente.
[Continua]
*nhaman garénon daigran, inundação; dilúvio
https://macotshoteon.blogspot.com/2024/07/nhaman-garenon-daigran.html?m=1
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Colhereiro na Lagoa do Salgado

O colhereiro mede entre 68,5 e 86,5 centímetros de comprimento e pesa entre 1150 e 1400 gramas.
A coloração geral da plumagem é rosada, sendo que as asas e parte inferior das costas são fortemente rosadas com algumas penas avermelhadas. Pescoço, peito e parte superior das costas são rosadas mas com uma tonalidade mais clara, quase branca. As pernas são vermelhas com os dedos ligeiramente mais escuras. Os dedos são semipalmados. O bico cinza possui a forma de uma colher, medindo cerca de 20 centímetros. Sua extremidade é plana e arredondada. Os adultos têm cabeça cinzenta e nua.
Não há distinção entre a plumagem do macho e da fêmea.
Os juvenis apresentam a plumagem da cabeça branca e o resto do corpo com penas na cor rosa mais claro que no indivíduo adulto.

 

https://cpatiatelinda.com.br/wordpress/imagens/#videos

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Políticas Sustentáveis no Âmbito Local

Esteja preparado para mergulhar em um conhecimento que transforma e capacita, moldando sua jornada política com um impacto positivo no mundo que todos compartilhamos. Vamos começar essa jornada rumo a políticas mais conscientes e sustentáveis!

No mundo contemporâneo, a preservação ambiental emerge como um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável em nível local. Este guia prático tem como objetivo explorar a importância da política local para um futuro sustentável, destacando como as decisões políticas podem reverberar em diversos aspectos da vida comunitária.

A preservação ambiental não é apenas uma questão de responsabilidade moral, mas também uma necessidade para garantir o equilíbrio delicado entre o desenvolvimento econômico, a qualidade de vida da população e a integridade dos ecossistemas. As políticas verdes visam promover esse equilíbrio, assegurando água e ar de qualidade, bem como ambientes propícios para o bem-estar da comunidade.

Além disso, a preservação ambiental desempenha um papel crucial na promoção da saúde pública e na mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Ecossistemas saudáveis contribuem diretamente para a estabilidade climática local, fortalecendo a resiliência da região diante dos desafios ambientais emergentes.

No âmbito econômico, as políticas verdes representam uma oportunidade estratégica. A valorização de recursos naturais impulsiona setores como o turismo ecológico e agrega valor às propriedades locais. Além disso, a promoção de práticas sustentáveis nas atividades comerciais contribui para uma economia mais resiliente e alinhada aos princípios da responsabilidade ambiental.

A preservação ambiental também está intrinsecamente ligada à manutenção da biodiversidade, essencial para a sobrevivência de espécies locais e a preservação de ecossistemas únicos. A diversidade biológica não apenas enriquece o patrimônio natural, mas também garante serviços ecossistêmicos essenciais, como a polinização de culturas agrícolas.

Com a participação ativa da comunidade e o engajamento de líderes comprometidos, podemos construir um legado ambiental positivo que transcenda as fronteiras do presente. Juntos, podemos moldar um futuro vibrante e equilibrado para as gerações vindouras, promovendo políticas locais que priorizem a sustentabilidade e o bem-estar de todos os habitantes do nosso município.