Contribua para a Preservação das Turfeiras em Campos dos Goytacazes: Doe Agora

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Uma Solução Sustentável para a Escassez Hídrica na Agricultura de Campos

Atualmente, não existe nenhum projeto prático para a recuperação das cavas de barro, locais que, em sua grande maioria, se encontram abandonados. Diante da crescente necessidade de água, principalmente para a agricultura em Campos dos Goytacazes, essas cavas poderiam se transformar em verdadeiros oásis e ajudar a resolver boa parte do problema que aflige o setor agrícola: a escassez hídrica.

As cavas de barro, que são depressões resultantes da extração de argila, têm um enorme potencial para se tornarem reservatórios de água da chuva. Isso traria benefícios tanto para a agricultura quanto para outras atividades, como a aquicultura, sem necessariamente precisar de outorga federal ou estadual de uso de água. Segundo a Resolução CONAMA n° 357/2005, as águas pluviais que se acumulam em cavas e barreiros não são consideradas corpos d’água naturais e, por isso, seu uso pode não exigir autorização formal, dependendo de sua localização e finalidade. Este detalhe legal é fundamental, pois facilita a implementação de projetos de recuperação dessas áreas sem grandes entraves burocráticos.

Com a devida reabilitação, as cavas de barro poderiam se tornar grandes reservatórios de água para irrigação, ajudando a mitigar a falta de recursos hídricos na região. Além disso, essas áreas poderiam ser utilizadas para o cultivo de peixes em sistemas de aquicultura, gerando renda para a população local e incentivando práticas sustentáveis.

Outra oportunidade promissora seria o uso desses reservatórios para estudos científicos, como a pesquisa de algas e outros organismos locais que realizam fotossíntese através de sulfato de enxofre. Isso abriria portas para o desenvolvimento de biotecnologias e o fortalecimento de parcerias com instituições de pesquisa, transformando as cavas em centros de inovação ambiental.

Existem inúmeras maneiras de recuperar as cavas de barro, mas, para que isso se torne realidade, é essencial que haja interesse e apoio do poder público. A recuperação dessas áreas não só beneficiaria diretamente a agricultura, como também poderia ser um passo importante para o desenvolvimento econômico e sustentável da região.

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A Importância da Participação da Sociedade no Incentivo a Projetos Ambientais

Nos últimos anos, a crise ambiental global tem exigido um envolvimento crescente da sociedade para combater os efeitos devastadores das mudanças climáticas. No Brasil, o cenário de degradação é alarmante: a destruição ambiental causada por incêndios florestais e a crescente escassez hídrica mostram a urgência de uma participação mais ativa da população no incentivo a projetos de conservação e recuperação do meio ambiente.

Os incêndios que assolam regiões como a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado são exemplos visíveis das consequências de uma gestão ambiental deficiente e da falta de conscientização. Somente em 2023, milhares de hectares de florestas foram consumidos pelas chamas, levando à perda irreparável de biodiversidade, degradação do solo e a um aumento significativo na emissão de gases de efeito estufa. As queimadas, muitas vezes provocadas por práticas agrícolas irregulares, ampliam os danos ao meio ambiente e agravam o desequilíbrio ecológico.

Paralelamente, o Brasil enfrenta uma das piores crises hídricas da história. A redução significativa do nível dos reservatórios, causada pela combinação de desmatamento e mudanças no regime de chuvas, ameaça o abastecimento de água em diversas regiões do país, impactando não só o consumo humano, mas também a produção agrícola e energética. Essa escassez de água é um reflexo direto da falta de proteção aos biomas e da ausência de práticas sustentáveis em larga escala.

Nesse contexto, a sociedade desempenha um papel crucial. O apoio a projetos ambientais voltados à recuperação de áreas degradadas, ao reflorestamento e à gestão sustentável dos recursos naturais é essencial para reverter esse quadro. Esses projetos, além de mitigar os impactos da destruição, contribuem para a geração de emprego, educação ambiental e desenvolvimento econômico sustentável.

A conscientização e o engajamento coletivo são fundamentais. Através de campanhas educativas, iniciativas de preservação local e doações para projetos ambientais, cada cidadão pode fazer sua parte na preservação dos recursos naturais. Além disso, a cobrança por políticas públicas mais rigorosas e o incentivo a práticas sustentáveis nas esferas privadas e governamentais são indispensáveis para a proteção das futuras gerações.

Por fim, o desafio de enfrentar as crises dos incêndios e da escassez hídrica exige um esforço conjunto entre governo, setor privado e a sociedade civil. Somente com o engajamento ativo de todos será possível transformar a realidade atual e garantir um futuro mais equilibrado e sustentável para o meio ambiente e para a população. A participação da sociedade não é apenas importante, mas vital para a continuidade dos recursos naturais e a manutenção da vida no planeta.

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Contestação Técnica à Construção de Praça em Área de Restinga: Foco na Proteção das Corujas-Buraqueiras, Biodiversidade e Saúde Humana

Introdução
A presente contestação técnica visa apresentar argumentos sólidos contra a construção de uma praça em área de restinga, considerando os impactos negativos e irreversíveis que tal obra pode gerar sobre o habitat natural das corujas-buraqueiras (Athene cunicularia), a rica biodiversidade local e a saúde humana. Ressaltamos que estas aves, o ecossistema da restinga e a saúde pública são protegidos pela legislação brasileira, exigindo medidas rigorosas para sua preservação e bem-estar.
1. A Restinga: Um Santuário para a Biodiversidade, Habitat Essencial para as Corujas-Buraqueiras e Refúgio para a Saúde Humana
As restingas, ambientes costeiros frágeis e de extrema importância ecológica, servem como santuários para uma rica biodiversidade, incluindo as corujas-buraqueiras. Estes locais oferecem características essenciais para a sobrevivência da espécie e para a saúde humana, tais como:
Abundância de alimento: As restingas apresentam alta riqueza em insetos, crustáceos e pequenos vertebrados, que constituem a principal presa das corujas-buraqueiras, auxiliando no controle de populações de insetos que podem ser vetores de doenças.
Presença de cavidades: As raízes das plantas típicas da restinga, além de troncos ocos e afloramentos rochosos, fornecem refúgios e locais de nidificação seguros para as corujas.
Tranquilidade: As áreas de restinga geralmente são menos impactadas por atividades humanas, proporcionando um ambiente propício para o descanso, reprodução e desenvolvimento dos filhotes das aves, além de oferecer áreas verdes e tranquilas para o lazer e bem-estar da população humana.
Purificação do ar: As restingas atuam como filtros naturais do ar, absorvendo gases poluentes e liberando oxigênio, contribuindo para a qualidade do ar e para a saúde respiratória da população local.

Proteção contra erosão: As restingas protegem a costa contra a erosão causada pelas ondas e marés, preservando o solo e as áreas costeiras, além de oferecer locais para atividades de pesca e turismo.

2. Impactos Devastadores da Construção da Praça sobre o Habitat, Biodiversidade, Saúde Humana e Bem-Estar Social

A construção de uma praça em área de restinga acarretaria diversos impactos negativos e irreversíveis sobre o habitat das corujas-buraqueiras, a rica biodiversidade local, a saúde humana e o bem-estar social, como:

Redução Drástica da Área de Habitat: A ocupação do espaço por infraestrutura da praça diminuiria drasticamente a área disponível para as corujas buscarem alimento, nidificarem e se abrigarem, comprometendo sua sobrevivência e reprodução, além de reduzir a oferta de áreas verdes para o lazer da população.
Degradação Ambiental Irreversível: A construção da praça, com a movimentação de terra em larga escala, compactação do solo e introdução de materiais artificiais, degradaria irreversivelmente o ambiente natural da restinga, afetando a qualidade do solo, a disponibilidade de água, a estrutura da vegetação e a delicada cadeia alimentar existente, impactando negativamente a qualidade do ar e a saúde da população local.
Aumento Significativo do Ruído: O tráfego de pessoas e veículos na praça, além da realização de eventos e atividades, geraria um aumento significativo do ruído no local. Esse fator pode perturbar o comportamento das corujas, dificultando a comunicação entre os indivíduos, a caça e a reprodução, além de prejudicar outras espécies da fauna local e aumentar o estresse e a ansiedade da população que frequenta a área.
Perda de Biodiversidade Imensurável: A construção da praça resultaria na perda irreversível de habitat para diversas espécies de animais e plantas, impactando negativamente a rica biodiversidade da restinga e contribuindo para a extinção local de espécies, além de reduzir a diversidade de opções de lazer e contato com a natureza para a população.
Impacto na Saúde Pública: A degradação ambiental e o aumento do ruído podem levar a diversos problemas de saúde para a população local, como doenças respiratórias, distúrbios do sono, aumento do estresse e da ansiedade, além de prejudicar a qualidade de vida e o bem-estar social.
Perda de Patrimônio Cultural e Histórico: As restingas podem conter sítios arqueológicos e locais de importância cultural
3. Legislação Brasileira Protegendo as Corujas-Buraqueiras, a Restinga e a Saúde Pública
As corujas-buraqueiras, o ecossistema da restinga e a saúde pública são protegidos pela legislação brasileira, conforme:
Lei de Proteção à Fauna (Lei nº 5.197/1967): Proíbe a caça, captura e comercialização de animais silvestres, incluindo as corujas-buraqueiras, reconhecendo sua importância ecológica e a necessidade de sua preservação.
Artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998): Estabelece sanções severas para quem maltratar, perseguir, caçar ou matar animais silvestres sem a devida permissão, reforçando a necessidade de proteger as corujas-buraqueiras e seu habitat.
Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651/2012): Define as restingas como Áreas de Preservação Permanente (APPs), assegurando sua proteção integral e proibindo qualquer tipo de intervenção humana que possa comprometer sua integridade.

Constituição Federal de 1988 (Artigo 225): Estabelece o dever do Estado e da sociedade para a proteção do meio ambiente e a preservação da saúde pública para as presentes e futuras gerações.

4. Considerações Finais e Recomendações para um Futuro Sustentável
Diante dos impactos devastadores da construção da praça sobre o habitat das corujas-buraqueiras, a rica biodiversidade da restinga, a saúde humana e o bem-estar social, torna-se inviável e irresponsável a realização da obra no local proposto. É fundamental buscar alternativas sustentáveis que conciliem o desenvolvimento urbano com a preservação ambiental e o bem-estar da população.
A Tese que embasa as declarações acima : Impacto do Ruído Noturno e da Heterogeneidade do Habitat na Riqueza de Espécies de Corujas em Ambientes Urbanos
Resumo
A tese de Arkadiusz Fröhlich e Michał Ciach, da Universidade de Agricultura de Cracóvia, na Polônia, investiga os impactos do ruído noturno e da heterogeneidade da cobertura do solo na riqueza de espécies de corujas em ambientes urbanos. O estudo revela que o ruído antropogênico noturno influencia negativamente a riqueza de espécies de corujas, comprometendo sua capacidade de forrageamento, comunicação e interações predador-presa. A pesquisa destaca a importância da preservação de habitats naturais e da redução da poluição sonora para conservar a biodiversidade das corujas em áreas urbanas.
Metodologia
O estudo foi realizado em uma área urbana de Cracóvia, sul da Polônia, em 65 parcelas amostrais selecionadas aleatoriamente em um grid de 1 km². Duas pesquisas foram realizadas durante a época reprodutiva, no início e no final, em cada parcela. Os pesquisadores utilizaram mapas de cobertura do solo e medições de níveis de ruído noturno para correlacionar com a riqueza de espécies de corujas. Cinco espécies de corujas foram registradas, cada uma com diferentes preferências de habitat. A análise estatística, incluindo análise de componentes principais, foi utilizada para identificar a relação entre as espécies de corujas, tipos de cobertura do solo e a influência do ruído antropogênico.
Resultados

Os resultados indicaram que a riqueza de espécies de corujas foi influenciada pela heterogeneidade da cobertura do solo e pela intensidade do ruído noturno. A presença de diferentes espécies variou de acordo com as características do habitat, como florestas, pastagens e áreas construídas. O ruído antropogênico foi identificado como um fator limitante na comunidade de corujas em ambientes urbanos.

Conclusão

A tese de Fröhlich e Ciach fornece evidências científicas robustas sobre os impactos negativos do ruído noturno na riqueza de espécies de corujas em ambientes urbanos. O estudo ressalta a importância da preservação de habitats naturais e da implementação de medidas para reduzir a poluição sonora, como forma de proteger a biodiversidade das corujas e garantir seu bem-estar em áreas urbanizadas.
Referências
Fröhlich, A., & Ciach, M. (2019). Nocturnal noise and habitat heterogeneity limit owl species richness in an urban environment. Landscape Ecology, 34(11), 2737-2750. DOI: 10.1007/s11356-019-05063-8

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Projeto de Resgate Cultural, Histórico e Sócio-Ambiental: “Aldeia Goitacá

O objetivo deste projeto é resgatar e valorizar as memórias, os hábitos, as práticas, os valores e pensamentos dos antigos Goitacá e seus descendentes ou parentes, promovendo a preservação cultural e ambiental.
 

Cultura Material

1. Cerâmica da Tradição Una: Reproduzir peças de cerâmica seguindo os achados arqueológicos, destacando formas, padrões e funções.

2. Artesanato – Colares: Confecção de colares com miçangas, sementes, conchas e vértebras de tubarões (ou materiais similares), inspirados nas escavações arqueológicas no sítio do Caju.

3. Aljava, Arcos e Flechas: Produção de aljavas, arcos e flechas, replicando os métodos tradicionais de fabricação. 

4. Desenhos e Pinturas: Criar desenhos e pinturas de indígenas entesando o arco, cercando tubarão, nadando em direção às choças lagunares ou saindo delas, etc – todas as ilustrações baseadas nos relatos históricos de Simão de Vasconcelos (1658). Saudação Goitacá – Ilustrações: Desenhos e pinturas que retratam a saudação Goitacá de tocar ou cruzar os arcos, a dança de boas-vindas dos Goitacá-Guaçu (VASCONCELOS, 1658) e os saltos acrobáticos dos Goitacá da Aldeia da Ilha do Pontal do Capivari (MALDONADO; PINTO, 1893).

4.1 Grafismo dos Povos Jê: Produzir obras que mostram os grafismos tradicionais dos povos Jê, incluindo círculos, pontos e traços paralelos. 

5. Jangadas e Redes de Pesca: Reconstruir jangadas tradicionais usando técnicas e materiais locais.  Redes de Pesca: Fabricação de redes de pesca e pesos de rede seguindo os achados arqueológicos e o roteiro de viagem dos sete capitães (MALDONADO; PINTO, 1893). 

6. Artesanato com Fibras Naturais – Taboa e Fibras de Palmeiras: Produção de cestos, esteiras,  pequenas choças e outros artefatos utilizando a taboa e matéria-prima extraída das palmeiras.

6.1 Cordas de Tucum: Fabricação de cordas com folhas de tucum para uso em arcos e outras amarrações.

Metodologia

1. Oficinas – Promover oficinas com artesãos e descendentes Goitacá para ensinar e disseminar técnicas tradicionais de fabricação. – Utilizar tecnologias modernas para criar réplicas precisas de artefatos antigos.

2. Exposições e Eventos – Organizar exposições para apresentar os resultados do projeto, incluindo peças de cerâmica, artesanato, pinturas etc

3. Educação e Sensibilização – Desenvolver materiais educativos e atividades interativas, para escolas e comunidades. – Sensibilizar a população sobre a importância da preservação cultural e ambiental através de campanhas e palestras.

Resultados Esperados – Preservação Cultural: Resgate e valorização das tradições culturais dos Goitacá, promovendo seu reconhecimento e respeito. – Educação e Conscientização: Aumento do conhecimento sobre a história e cultura dos Goitacá entre jovens e adultos. – Desenvolvimento Sustentável: Incentivo ao uso sustentável de recursos naturais locais, promovendo o artesanato e o turismo cultural.

   Esse projeto busca não apenas a preservação cultural, mas também a integração social e ambiental, promovendo um desenvolvimento sustentável baseado na valorização do patrimônio imaterial dos Goitacá.

Referências

 1- VASCONCELOS, Simão de. Vida do P. Joam d’Almeida da Companhia de Iesu, na Provincia, composta pello padre Simão de Vasconcellos da mesma Companhia, provincial na dita provincia do Brazil. Dedicada ao Senhor Salvador Correa de Sá, & Benavides dos Conselhos de Guerra, & Ultramarino de Sua Magestade. Lisboa: Oficina Craesbeeckiana, 1658. Disponivel em: https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/671. Acesso em 13 junh. 2024.

2- MALDONADO, Miguel Ayres e PINTO, Jozé de Castilho. Descripção que faz o Capitão Miguel Ayres Maldonado e o Capitão Jozé de Castilho Pinto e seus companheiros dos trabalhos e fadigas das suas vidas, que tiveram nas conquistas da capitania do Rio de Janeiro e São Vicente, com a gentilidade e com os piratas n’esta costa. Revista do Instituto Histórico e Geographico do Brasil, tomo LVI. Rio de Janeiro: Companhia Typographica do Brazil, 1893. Disponível em:https://books.google.com.br/books?id=AGFKAQAAMAAJ&newbks=1&newbks_redir=0&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false . Acesso em 13 junh. 2024.

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Exploring the Potential of Carbon Credits from Tropical Peatlands: Soil Organic Carbon and Storage

Tropical peatlands represent a significant source of carbon credits, based on both soil organic carbon and carbon stored in ecosystems. This article explores how these two fundamental aspects of tropical peatlands contribute to the potential for carbon credits and how investments in this area can generate considerable economic returns.

Soil Organic Carbon

Tropical peatlands are characterized by soils rich in organic matter, which accumulate over thousands of years under wet and anaerobic soil conditions. This soil organic carbon is a vital component of the ecosystem and is especially important for the global carbon cycle. Investments in conservation and restoration projects for tropical peatlands aim to preserve and, when necessary, increase the amount of soil organic carbon, preventing its decomposition and release into the atmosphere in the form of carbon dioxide (CO2).

Storage Carbon

In addition to soil organic carbon, tropical peatlands are also recognized for their role as significant carbon reservoirs. It is estimated that these ecosystems store large amounts of carbon in the form of plant biomass and organic material in decomposition. Investments in conservation and restoration projects for tropical peatlands aim to protect these carbon stocks, preventing ecosystem conversion and promoting sustainable management practices that maximize carbon storage.

Carbon Credit Opportunities

Projects in tropical peatlands can generate carbon credits based on both soil organic carbon and storage carbon. Carbon credits are issued according to internationally recognized standards and protocols, such as the Clean Development Mechanism (CDM) or the Voluntary Carbon Standard (VCS), and can be traded in global carbon markets. Companies and governments seeking to offset their carbon emissions can purchase these carbon credits, providing a source of revenue for tropical peatland projects and incentivizing conservation and sustainable management practices.

Conclusion

The potential for carbon credits from tropical peatlands is significant, covering both soil organic carbon and storage carbon. Investments in these ecosystems not only contribute to mitigating climate change but also offer opportunities for economic returns through the generation and sale of carbon credits. By recognizing the value of tropical peatlands as crucial carbon reservoirs, investors can not only promote their conservation but also reap the financial benefits of their preservation.

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Desvendando as Origens Míticas dos Goitacá: Uma Narrativa Fundadora

Convidamos o leitor a mergulhar no tempo e na memória, desvendando as origens míticas do povo Goitacá. Por meio de uma narrativa que entrelaça ficção e história, delineamos a jornada épica desse povo ancestral e sua fixação em um território singular. Utilizando como ferramentas a pesquisa histórica e a criatividade literária, buscamos construir uma narrativa fiel à essência cultural dos Goitacás. Os antepassados dos Goitacá habitavam a região andina, possivelmente no Peru, em uma área coberta pela exuberante Floresta Amazônica. Observavam atentamente o voo majestoso dos grandes pássaros que migravam da cordilheira, especialmente o imponente “Marú” *, provavelmente um condor, que pairava sobre a aldeia, pousando nas copas das árvores mais altas antes de retornar às montanhas. “Meu olho está vivo [aberto]!” – proclamavam, não apenas maravilhados com o voo do grandioso Marú, mas também com os pequenos lactentes, cujos olhos fixavam-se nas aves migratórias que seguiam o curso dos rios em direção ao sul ou à região do nascente do sol. Os antigos Goitacá acreditavam que essas aves migratórias viajavam para uma região distante dos Andes, um lugar de abundância de água potável e alimentos inesgotáveis. Em um determinado momento, um dos líderes de um clã decidiu seguir o mesmo trajeto das aves com sua família, em busca do tão sonhado “tacúen” * (“paraíso”, SILVA, 1854, p.237), possivelmente uma planície repleta de lagoas próxima ao oceano. Segundo Antônio G. Dias, essa decisão foi motivada pela fuga da dominação Inca e pela busca pelo paraíso, que segundo a tradição inca, situava-se além dos Andes, na direção leste, sul ou sudeste. A jornada dos antepassados dos Goitacá em direção ao desconhecido ecoa narrativas míticas de diversas culturas, incluindo a mitologia grega dos “campos elísios”. Em 1619, os padres João de Almeida e João Lobato empreenderam uma visita aos “Campos dos Goaitacazes” que cobria uma planície repleta de desafios naturais (VASCONCELOS, 1658, p. 141, 157). A descrição feita pelos jesuítas sobre a planície do norte fluminense ressoa com as observações dos sete capitães, destacando sua exuberância e riqueza natural (MALDONADO & PINTO, 1893, p. 367-368). Essa área tornou-se o lar desejado dos Goitacá, que abandonaram as densas florestas do continente sul-americano em busca de uma nova vida em campos verdejantes e áreas alagadas, cuja beleza e fertilidade eram incomparáveis (DIAS, 1846, p. 161-162; VASCONCELOS, 1658, p. 157). Por meio dessa narrativa fundadora, buscamos honrar a herança e a memória dos Goitacá, tecendo os fios da história e da imaginação para revelar as origens míticas desse povo tão fascinante. *Marú – palavra da língua puri que possivelmente refere-se às aves carnívoras como as águias, condores, gaviões, etc. Tacuén – palavra da língua coroado que significa “paraíso”, “alto”, “céu”.

Referências: – VASCONCELOS, Simão de. Vida do P. Joam d’Almeida da Companhia de Iesu. Lisboa: Oficina Craesbeeckiana, 1658. – DIAS, Antônio Gonçalves & LEAL, Antônio Henriques Obras posthumas de A. Gonçalves Dias: precedidas de uma noticia da sua vida e obras. Brasil, H. Garnier, 1846. – MALDONADO, Miguel Ayres, & PINTO, Jozé de Castilho. “Descripção que faz o Capitão Miguel Ayres Maldonado e o Capitão Jozé de Castilho Pinto e seus companheiros dos trabalhos e fadigas das suas vidas.” Revista trimensal do Instituto Historico e Geographico.

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Grafismos Indígenas: Pontes entre Tribos e Histórias Compartilhadas

Os grafismos indígenas, mais do que ornamentos, são portais para um mundo rico em cultura e história, revelando a identidade e as conexões entre diferentes tribos. Tatuados na pele, esses desenhos transcendem a mera expressão artística, tornando-se parte da própria identidade do indivíduo e da comunidade. No rosto de uma indígena Puri, imortalizado na prancha 28 do renomado artista J. B. Debret, vemos uma representação intrigante: círculos, pontos e linhas paralelas. Esses padrões, meticulosamente desenhados, não são meramente adornos estéticos, mas sim cartões de passagem, marcadores de identidade e testemunhos de conexões ancestrais. Para decifrar esses grafismos, precisamos mergulhar em um mundo onde cada linha e ponto conta uma história. A primeira pista foi registrada pelo príncipe viajante Maximiliano de Weid-Neuwied numa litogravura intitulada “Puris na mata”. O artista de Weid desenhou o que viu no interior da Mata Atlântica Brasileira. O número três, significativo na língua Puri como “prica” – “muitos”, símbolo de pluralidade e existência abundante –, ganhou vida nos três pontos desenhados no rosto do segundo guerreiro puri da fila. Esse trabalho artístico fornece base para uma possível interpretação dos padrões geométricos do grafismo puri. Esses grafismos transcendem a mera expressão artística; são símbolos de uma história compartilhada. Voltando à obra de Debret, chegamos a segunda pista. Cada círculo tem um ponto central e isso talvez indique que cada ponto representa um indivíduo ou subgrupo. É importante ressaltar que são três círculos que lembram as choupanas dos povos macro-jês. De acordo com a cosmovisão Puri, essa é uma nítida representação da pluralidade das tribos, reunidas de três em três – sabonan, uambori e xamixuna (MÉTRAUX, 1946: 523). O barão de Eschwege escreveu que “alguns velhos índios” diziam que os coroados ou puris “dividiam-se antigamente em três tribos; segundo outros, eles se subdividiam em apenas duas … os Meritong e os Cobanipaque.” (ESCHWEGE, 2002, p.90). Portanto, é lógico pensar que os três círculos juntos representam um único e grande povo. Visto que alguns autores dos séculos XIX e XX defendem que existe um parentesco entre os puris, coroados e goitacás, surge a proposta de representar os Goitacá com quatro círculos, cada um simbolizando uma tribo – Mopi, Yacoritó, Wasu e Miri 1 (MASON, 1950 p.301). Essa teia de relações complexas abrangiam a região povoada pelos Goitacá. Não sabemos o real significado dos traços paralelos desenhados nas “maças” do rosto da indígena retratada por Debret. É importante lembrar que o cronista Simão de Vasconcelos referiu-se às “trilhas de gente” deixadas na mata pelos Goitacá-Iacoritó (VASCONCELOS, 1658). Logo, podemos pensar que as linhas entre os círculos talvez representem um caminho aberto nos campos ou florestas. Todos esses simbolismos evocam um passado de mobilidade e intercâmbio cultural. Ao explorar essas representações, somos levados a refletir sobre a natureza das relações entre as tribos indígenas. Os Puri se consideravam parte de uma antiga nação, dividida em muitas tribos, mas unidas por laços ancestrais. Provavelmente, os grafismos, marcadores de identidade, também serviam como cartões de passagem, permitindo o trânsito fluido entre as comunidades. Embora não tenhamos registros detalhados sobre os grafismos específicos de cada tribo, podemos inferir que cada uma possuía sua própria linguagem visual, transmitindo sua história e cultura únicas. Assim, os grafismos indígenas emergem não apenas como expressões estéticas, mas como testemunhos de uma rede complexa de relações intertribais. Eles são os cartões de passagem que os povos indígenas usavam para navegar entre as tribos, conectar-se com seus ancestrais e afirmar sua identidade coletiva em meio às mudanças e desafios de seu tempo.

#Autores: Reynaldo Rosa & Tut-xái Nhiram

Referências BALBI, Adrien. Atlas Ethnographique, Tab. XLI, NO 497.

Tut-xái Nhiram : https://www.facebook.com/profile.php?id=100049738025022

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From Smoke and Mirrors to Real Action: A Symphony of Change for Rio’s Climate Dance

Amidst the chaotic dances of the climate, the question arises: what is the true choreography behind climate change? While many countries around the globe engage in a true symphony of efforts to study and reverse the effects of global warming, Brazil, especially Rio de Janeiro, seems more inclined to a publicity dance than concrete action.

The fight against climate change, like a work of art, requires robust strokes of public policies that not only embellish speeches but punish polluters unequivocally and suspend activities that destroy our planet. However, this symphony of actions is still just a distant chord around here.

In this peculiar scenario of 2023, the ceramics in my city continue to release their smoke without any filter, as if they were staging a rebellious performance on the stage of environmental irresponsibility. And the burnings during the sugarcane harvest? A true pyrotechnic display without proper oversight.

While these absurdities echo without punishment, the doubt arises: to what extent are climate change campaigns a well-staged play for the public, a marketing strategy, and to what extent are they taken seriously behind the scenes of our environmental responsibility? Perhaps it’s time to tune the instruments of real action and transform the stage of promises into a concrete setting for environmental preservation.”

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Noroeste do Estado do Rio de Janeiro: Impactos ambientais e emissões de gases de efeito estufa.

Preservação das Turfeiras: Um Compromisso com o Nosso Planeta Descubra a importância vital das turfeiras para o equilíbrio ambiental. Esses ecossistemas únicos desempenham um papel crucial na regulação do clima, armazenamento de carbono e fornecimento de habitat para diversas espécies. A preservação das turfeiras é mais do que uma escolha, é uma necessidade. Ao manter essas áreas saudáveis, contribuímos para a saúde do nosso planeta, combatendo as mudanças climáticas e promovendo a biodiversidade. Junte-se a nós nessa jornada pela sustentabilidade! 🌍💚 #PreserveAsTurfeiras #SustentabilidadeAmbiental

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Cultivo de Peixes em Tanques Suspensos em Áreas de Turfa

Preservação das Turfeiras: Um Compromisso com o Nosso Planeta Descubra a importância vital das turfeiras para o equilíbrio ambiental. Esses ecossistemas únicos desempenham um papel crucial na regulação do clima, armazenamento de carbono e fornecimento de habitat para diversas espécies. A preservação das turfeiras é mais do que uma escolha, é uma necessidade. Ao manter essas áreas saudáveis, contribuímos para a saúde do nosso planeta, combatendo as mudanças climáticas e promovendo a biodiversidade. Junte-se a nós nessa jornada pela sustentabilidade! 🌍💚 #PreserveAsTurfeiras #SustentabilidadeAmbiental