Contribua para a Preservação das Turfeiras em Campos dos Goytacazes: Doe Agora

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Tacúen: Em Busca do Paraíso Terrestre – Um Estudo Antropológico Comparativo entre os Povos Puri, Coroado e Guarani

O estudo antropológico das línguas puri e coroado revela uma visão que ecoa os conceitos dos guaranis. Assim como estes últimos, os puris também compartilhavam a crença em um paraíso (tacúen) terrestre (SPIX & MARTIUS, 1823, p.375). Mas onde? Qual era o local exato no vasto globo terrestre? De acordo com os guaranis, esse paraíso residia na região onde o sol nasce. É notável que no idioma coroado exista uma palavra composta, hopé nhiram. Hopé traduz-se como “sol”. Quanto à palavra nhiram, não possui um significado específico, contudo, segundo a tradução de Eschwege (1830, p. 240) e Martius (1867, p. 204), esses dois termos se referem à região onde o sol nasce, ou seja, o oriente. Quando os imigrantes indígenas — tupis, guaranis e goitacás — alcançaram o litoral brasileiro, testemunharam diariamente o espetáculo do nascer do sol sobre o oceano Atlântico. Poderiam eles ter pensado que haviam finalmente encontrado o tão desejado tacúen (“terra sem mal”, para os tupis e guaranis), ou será que imaginavam que este se situava além-mar? Será que os guaranis realmente descobriram a tão almejada “terra sem mal”? Os goitacás, ao encontrarem uma vasta planície alagadiça no norte fluminense, de difícil acesso e onde podiam se proteger de ataques inimigos, poderiam ter acreditado ter encontrado o tacúen. Além disso, a abundante fauna da região oferecia um rico banquete de caça: cervídeos, capivaras, porcos do mato, peixes, aves, entre outros. “Aqui é o lugar! Encontramos o tacúen!”, ecoavam, provavelmente, os indígenas.

 

Coautor: Tutschay Nhiram, descendente dos indígenas do Norte Fluminense. Contato

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Desvendando as Origens Míticas dos Goitacá: Uma Narrativa Fundadora

Convidamos o leitor a mergulhar no tempo e na memória, desvendando as origens míticas do povo Goitacá. Por meio de uma narrativa que entrelaça ficção e história, delineamos a jornada épica desse povo ancestral e sua fixação em um território singular. Utilizando como ferramentas a pesquisa histórica e a criatividade literária, buscamos construir uma narrativa fiel à essência cultural dos Goitacás. Os antepassados dos Goitacá habitavam a região andina, possivelmente no Peru, em uma área coberta pela exuberante Floresta Amazônica. Observavam atentamente o voo majestoso dos grandes pássaros que migravam da cordilheira, especialmente o imponente “Marú” *, provavelmente um condor, que pairava sobre a aldeia, pousando nas copas das árvores mais altas antes de retornar às montanhas. “Meu olho está vivo [aberto]!” – proclamavam, não apenas maravilhados com o voo do grandioso Marú, mas também com os pequenos lactentes, cujos olhos fixavam-se nas aves migratórias que seguiam o curso dos rios em direção ao sul ou à região do nascente do sol. Os antigos Goitacá acreditavam que essas aves migratórias viajavam para uma região distante dos Andes, um lugar de abundância de água potável e alimentos inesgotáveis. Em um determinado momento, um dos líderes de um clã decidiu seguir o mesmo trajeto das aves com sua família, em busca do tão sonhado “tacúen” * (“paraíso”, SILVA, 1854, p.237), possivelmente uma planície repleta de lagoas próxima ao oceano. Segundo Antônio G. Dias, essa decisão foi motivada pela fuga da dominação Inca e pela busca pelo paraíso, que segundo a tradição inca, situava-se além dos Andes, na direção leste, sul ou sudeste. A jornada dos antepassados dos Goitacá em direção ao desconhecido ecoa narrativas míticas de diversas culturas, incluindo a mitologia grega dos “campos elísios”. Em 1619, os padres João de Almeida e João Lobato empreenderam uma visita aos “Campos dos Goaitacazes” que cobria uma planície repleta de desafios naturais (VASCONCELOS, 1658, p. 141, 157). A descrição feita pelos jesuítas sobre a planície do norte fluminense ressoa com as observações dos sete capitães, destacando sua exuberância e riqueza natural (MALDONADO & PINTO, 1893, p. 367-368). Essa área tornou-se o lar desejado dos Goitacá, que abandonaram as densas florestas do continente sul-americano em busca de uma nova vida em campos verdejantes e áreas alagadas, cuja beleza e fertilidade eram incomparáveis (DIAS, 1846, p. 161-162; VASCONCELOS, 1658, p. 157). Por meio dessa narrativa fundadora, buscamos honrar a herança e a memória dos Goitacá, tecendo os fios da história e da imaginação para revelar as origens míticas desse povo tão fascinante. *Marú – palavra da língua puri que possivelmente refere-se às aves carnívoras como as águias, condores, gaviões, etc. Tacuén – palavra da língua coroado que significa “paraíso”, “alto”, “céu”.

Referências: – VASCONCELOS, Simão de. Vida do P. Joam d’Almeida da Companhia de Iesu. Lisboa: Oficina Craesbeeckiana, 1658. – DIAS, Antônio Gonçalves & LEAL, Antônio Henriques Obras posthumas de A. Gonçalves Dias: precedidas de uma noticia da sua vida e obras. Brasil, H. Garnier, 1846. – MALDONADO, Miguel Ayres, & PINTO, Jozé de Castilho. “Descripção que faz o Capitão Miguel Ayres Maldonado e o Capitão Jozé de Castilho Pinto e seus companheiros dos trabalhos e fadigas das suas vidas.” Revista trimensal do Instituto Historico e Geographico.

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Grafismos Indígenas: Pontes entre Tribos e Histórias Compartilhadas

Os grafismos indígenas, mais do que ornamentos, são portais para um mundo rico em cultura e história, revelando a identidade e as conexões entre diferentes tribos. Tatuados na pele, esses desenhos transcendem a mera expressão artística, tornando-se parte da própria identidade do indivíduo e da comunidade. No rosto de uma indígena Puri, imortalizado na prancha 28 do renomado artista J. B. Debret, vemos uma representação intrigante: círculos, pontos e linhas paralelas. Esses padrões, meticulosamente desenhados, não são meramente adornos estéticos, mas sim cartões de passagem, marcadores de identidade e testemunhos de conexões ancestrais. Para decifrar esses grafismos, precisamos mergulhar em um mundo onde cada linha e ponto conta uma história. A primeira pista foi registrada pelo príncipe viajante Maximiliano de Weid-Neuwied numa litogravura intitulada “Puris na mata”. O artista de Weid desenhou o que viu no interior da Mata Atlântica Brasileira. O número três, significativo na língua Puri como “prica” – “muitos”, símbolo de pluralidade e existência abundante –, ganhou vida nos três pontos desenhados no rosto do segundo guerreiro puri da fila. Esse trabalho artístico fornece base para uma possível interpretação dos padrões geométricos do grafismo puri. Esses grafismos transcendem a mera expressão artística; são símbolos de uma história compartilhada. Voltando à obra de Debret, chegamos a segunda pista. Cada círculo tem um ponto central e isso talvez indique que cada ponto representa um indivíduo ou subgrupo. É importante ressaltar que são três círculos que lembram as choupanas dos povos macro-jês. De acordo com a cosmovisão Puri, essa é uma nítida representação da pluralidade das tribos, reunidas de três em três – sabonan, uambori e xamixuna (MÉTRAUX, 1946: 523). O barão de Eschwege escreveu que “alguns velhos índios” diziam que os coroados ou puris “dividiam-se antigamente em três tribos; segundo outros, eles se subdividiam em apenas duas … os Meritong e os Cobanipaque.” (ESCHWEGE, 2002, p.90). Portanto, é lógico pensar que os três círculos juntos representam um único e grande povo. Visto que alguns autores dos séculos XIX e XX defendem que existe um parentesco entre os puris, coroados e goitacás, surge a proposta de representar os Goitacá com quatro círculos, cada um simbolizando uma tribo – Mopi, Yacoritó, Wasu e Miri 1 (MASON, 1950 p.301). Essa teia de relações complexas abrangiam a região povoada pelos Goitacá. Não sabemos o real significado dos traços paralelos desenhados nas “maças” do rosto da indígena retratada por Debret. É importante lembrar que o cronista Simão de Vasconcelos referiu-se às “trilhas de gente” deixadas na mata pelos Goitacá-Iacoritó (VASCONCELOS, 1658). Logo, podemos pensar que as linhas entre os círculos talvez representem um caminho aberto nos campos ou florestas. Todos esses simbolismos evocam um passado de mobilidade e intercâmbio cultural. Ao explorar essas representações, somos levados a refletir sobre a natureza das relações entre as tribos indígenas. Os Puri se consideravam parte de uma antiga nação, dividida em muitas tribos, mas unidas por laços ancestrais. Provavelmente, os grafismos, marcadores de identidade, também serviam como cartões de passagem, permitindo o trânsito fluido entre as comunidades. Embora não tenhamos registros detalhados sobre os grafismos específicos de cada tribo, podemos inferir que cada uma possuía sua própria linguagem visual, transmitindo sua história e cultura únicas. Assim, os grafismos indígenas emergem não apenas como expressões estéticas, mas como testemunhos de uma rede complexa de relações intertribais. Eles são os cartões de passagem que os povos indígenas usavam para navegar entre as tribos, conectar-se com seus ancestrais e afirmar sua identidade coletiva em meio às mudanças e desafios de seu tempo.

#Autores: Reynaldo Rosa & Tut-xái Nhiram

Referências BALBI, Adrien. Atlas Ethnographique, Tab. XLI, NO 497.

Tut-xái Nhiram : https://www.facebook.com/profile.php?id=100049738025022

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Alternativas ao Crédito de Carbono: Rumo a um Futuro Sustentável

A falácia do crédito de carbono: uma análise crítica

Enquanto a proposta de créditos de carbono seduz com a promessa de um futuro sustentável, na prática, revela-se um sistema falho e ineficaz, perpetuando a injustiça ambiental e mascarando a responsabilidade dos grandes poluidores.

1. Ilusão de neutralidade:

A compra de créditos de carbono não elimina o problema da emissão de gases poluentes. Empresas continuam lançando toneladas de CO2 na atmosfera, enquanto se escondem atrás de uma falsa neutralidade comprada. Essa atitude é equivalente a fingir que a sujeira debaixo do tapete não existe.

2. Fardo sobre comunidades tradicionais:

A responsabilidade pela preservação ambiental recai sobre as comunidades tradicionais, que são obrigadas a abrir mão de seus direitos e costumes para manter florestas intactas. Em troca, recebem migalhas financeiras que não garantem um futuro digno e perpetuam a dependência de projetos externos.

3. Ineficiência comprovada:

Estudos demonstram que o mercado de créditos de carbono falha em reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A regulamentação frouxa e a falta de mecanismos de fiscalização permitem que empresas compensem suas emissões sem realmente se comprometer com a sustentabilidade.

4. Desvio do foco real:

O foco na compensação de emissões desvia a atenção de soluções reais e urgentes, como a transição para uma matriz energética limpa e a mudança de hábitos de consumo. Investir em créditos de carbono é como colocar um band-aid em um ferimento grave, ignorando a necessidade de uma cirurgia profunda.

5. Lucro a qualquer custo:

O mercado de créditos de carbono se tornou um paraíso para especuladores e empresas que buscam lucrar com a natureza. A ganância se sobrepõe à ética, criando um sistema opaco e sujeito a fraudes.

Em resumo, o crédito de carbono é uma falsa solução para um problema real. Ao invés de perpetuar essa ilusão, é urgente buscar alternativas que promovam a justiça ambiental, a responsabilidade dos poluidores e a transformação sistêmica da sociedade.

Alternativas ao Crédito de Carbono: Rumo a um Futuro Sustentável

1. Redução Direta de Emissões:

  • Investir em energia renovável e tecnologias de baixo carbono.
  • Adotar práticas de produção e consumo mais eficientes.
  • Incentivar o transporte público, a bicicleta e a caminhada.

2. Mudanças na Política Climática:

  • Implementar um imposto sobre o carbono para desincentivar a emissão de gases poluentes.
  • Criar regulamentações mais rigorosas para as indústrias poluentes.
  • Apoiar acordos internacionais ambiciosos para a redução das emissões.

3. Investimento em Soluções Baseadas na Natureza:

  • Reflorestamento e proteção de florestas existentes.
  • Restauração de áreas degradadas.
  • Agricultura sustentável e manejo florestal responsável.

4. Mudança de Hábitos Individuais:

  • Reduzir o consumo de carne e produtos industrializados.
  • Diminuir o uso de energia e água.
  • Optar por produtos ecológicos e de empresas socialmente responsáveis.

5. Engajamento Social e Mobilização:

  • Participar de ações de advocacy e pressão por políticas públicas eficazes.
  • Cobrar das empresas um compromisso real com a sustentabilidade.
  • Educar e conscientizar a comunidade sobre a importância da preservação ambiental.

Referências:

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From Smoke and Mirrors to Real Action: A Symphony of Change for Rio’s Climate Dance

Amidst the chaotic dances of the climate, the question arises: what is the true choreography behind climate change? While many countries around the globe engage in a true symphony of efforts to study and reverse the effects of global warming, Brazil, especially Rio de Janeiro, seems more inclined to a publicity dance than concrete action.

The fight against climate change, like a work of art, requires robust strokes of public policies that not only embellish speeches but punish polluters unequivocally and suspend activities that destroy our planet. However, this symphony of actions is still just a distant chord around here.

In this peculiar scenario of 2023, the ceramics in my city continue to release their smoke without any filter, as if they were staging a rebellious performance on the stage of environmental irresponsibility. And the burnings during the sugarcane harvest? A true pyrotechnic display without proper oversight.

While these absurdities echo without punishment, the doubt arises: to what extent are climate change campaigns a well-staged play for the public, a marketing strategy, and to what extent are they taken seriously behind the scenes of our environmental responsibility? Perhaps it’s time to tune the instruments of real action and transform the stage of promises into a concrete setting for environmental preservation.”

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Noroeste do Estado do Rio de Janeiro: Impactos ambientais e emissões de gases de efeito estufa.

Preservação das Turfeiras: Um Compromisso com o Nosso Planeta Descubra a importância vital das turfeiras para o equilíbrio ambiental. Esses ecossistemas únicos desempenham um papel crucial na regulação do clima, armazenamento de carbono e fornecimento de habitat para diversas espécies. A preservação das turfeiras é mais do que uma escolha, é uma necessidade. Ao manter essas áreas saudáveis, contribuímos para a saúde do nosso planeta, combatendo as mudanças climáticas e promovendo a biodiversidade. Junte-se a nós nessa jornada pela sustentabilidade! 🌍💚 #PreserveAsTurfeiras #SustentabilidadeAmbiental

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Cultivo de Peixes em Tanques Suspensos em Áreas de Turfa

Preservação das Turfeiras: Um Compromisso com o Nosso Planeta Descubra a importância vital das turfeiras para o equilíbrio ambiental. Esses ecossistemas únicos desempenham um papel crucial na regulação do clima, armazenamento de carbono e fornecimento de habitat para diversas espécies. A preservação das turfeiras é mais do que uma escolha, é uma necessidade. Ao manter essas áreas saudáveis, contribuímos para a saúde do nosso planeta, combatendo as mudanças climáticas e promovendo a biodiversidade. Junte-se a nós nessa jornada pela sustentabilidade! 🌍💚 #PreserveAsTurfeiras #SustentabilidadeAmbiental

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“Terra Firme: Preservando as Turfeiras para o Equilíbrio Ecológico Global”

A Preservação das Turfeiras: Um Compromisso com a Biodiversidade e o Meio Ambiente

A preservação do ecossistema de turfeiras é essencial para a proteção não apenas da fauna, mas também da flora. As turfeiras desempenham um papel vital na manutenção do equilíbrio ambiental, oferecendo um habitat único e sustentável para diversas formas de vida. A preservação dessas áreas não apenas assegura a sobrevivência de inúmeras espécies animais, mas também resguarda a rica biodiversidade vegetal associada a esses ambientes específicos.

Ao conservar as turfeiras, estamos protegendo uma série de organismos que dependem desse ecossistema particular para viver e se reproduzir. Muitas aves, insetos, anfíbios e mamíferos encontram nas turfeiras um lar fundamental para suas atividades cotidianas. Além disso, diversas espécies de plantas, algumas delas únicas e adaptadas às condições específicas das turfeiras, são preservadas, contribuindo para a diversidade biológica global.

Além do valor intrínseco da biodiversidade, as turfeiras desempenham um papel crucial no ciclo hidrológico, ajudando a regular o fluxo de água e prevenir inundações. Além disso, elas têm a capacidade única de armazenar grandes quantidades de carbono, ajudando na mitigação das mudanças climáticas, tornando-se “sumidouros” naturais de carbono.

Portanto, preservar as turfeiras não é apenas uma questão de conservação local; é uma contribuição direta para a saúde do planeta. Ao adotarmos medidas para proteger esses ecossistemas sensíveis, estamos investindo na manutenção do equilíbrio ecológico global e garantindo um futuro sustentável para as gerações futuras. A conscientização e ações direcionadas à preservação das turfeiras são, portanto, passos cruciais para a promoção da harmonia entre o homem e a natureza.

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Ecosystem of Tropical Peatlands – A Journey of Homeostasis and Resilience

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Ecossistema de Turfeira Tropicais – Uma Jornada de Homeostase e Resiliência

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